Comissão de Utentes descontente com desvalorização dos serviços públicos em Santiago do Cacém
Escrito por Helga Nobre em 18 de Janeiro, 2024
A Comissão de Utentes do concelho de Santiago do Cacém, mostrou-se descontente com a desvalorização dos serviços públicos neste território, considerando que foram atingidos “níveis de degradação sem precedentes”.
E anunciou que vai para a rua “proceder a uma ampla divulgação” junto dos utentes sobre a atual situação dos serviços públicos no concelho de Santiago do Cacém, apontando culpas aos sucessivos governos PS e PSD.
A existência de 25 mil utentes sem médico de família, um hospital de referência sem pessoal e meios suficientes, estradas degradadas, edifícios públicos danificados, como as escolas secundárias, ausência de investimento na habitação pública, falta de transportes públicos e de horários adequados às necessidades da população, são algumas das questões levantadas pela comissão.
Para os representantes dos utentes, continua “a ser determinante uma ação reivindicativa da população” em defesa do Serviço Nacional de Saúde, nos cuidados de saúde primários e nos cuidados hospitalares, nomeadamente com a existência do SAP24 em todas as sedes de concelho, com o devido reforço de Profissionais e meios técnicos necessários.
Defendem ainda “mais habitação pública para arrendamento e para aquisição a custos controlados”, a “redução do IVA do gás de botija e da electricidade para 6%” e “a colocação em circulação de transportes públicos rodoviários e ferroviários de qualidade, acessíveis a toda a população”.
No concelho de Santiago do Cacém, a comissão de utentes exige, nas acessibilidades, a conclusão urgente da passagem aérea na linha de caminho de ferro, na Estrada Nacional (EN) 121, perto de São Bartolomeu da Serra, a construção de passagem desnivelada na linha de caminho de ferro, junto às Relvas Verdes, a reparação da EN 120, no troço entre Santiago do Cacém e a Cruz de João Mendes, e a reparação da EN 390, no troço entre Abela e São Domingos.
Na saúde, a construção urgente do novo Centro de Saúde de Santiago do Cacém, a realização de obras urgentes na extensão de Saúde de Vila Nova de Santo André, a contratação de mais médicos, a construção da Maternidade no Hospital do Litoral Alentejano (HLA) e a colocação da ressonância magnética no HLA.
Nos transportes exigem a reposição do comboio da Linha do Sul, que faça ligação entre todos os concelhos da região.