Consórcio público-privado financia Centro de Apoio a Migrantes de Odemira
Escrito por Helga Nobre em 29 de Março, 2022
A Câmara de Odemira, a TAIPA, seis entidades empresariais, três Juntas de Freguesia e duas associações assinaram, no passado dia 24 deste mês, um protocolo de colaboração para restabelecer o consórcio público-privado, financiar e garantir a atividade do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) de Odemira até 2024.
De acordo com o município, em comunicado, o protocolo, que prevê um financiamento de 193 mil euros pelo período 2022-2024, tem como objetivo assegurar a continuidade do CLAIM de Odemira, enquanto gabinete de acolhimento, informação e apoio descentralizado aos imigrantes que afluem ao concelho, no âmbito do acolhimento e integração, no cumprimento das estratégias definidas a nível nacional e local.
Trata-se de “um projeto pioneiro que se transformou em resposta local, que foi capaz de juntar várias entidades de diferentes naturezas para encontrar respostas aos problemas da comunidade migrante na sua integração”, sublinhou o presidente da câmara de Odemira, Hélder Guerreiro, citado no comunicado.
Para Dora Guerreiro, presidente da Direção da TAIPA – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira, este CLAIM vai promover “as relações de proximidade, horários ajustáveis e o seu caráter itinerante”.
“É uma resposta que não fica dependente de financiamentos comunitários e consegue o seu financiamento através das entidades privadas e do município”, sendo “único e um exemplo nacional para as parcerias público-privadas funcionarem”, adiantou.
Em atividade desde julho de 2016, o CLAIM de Odemira “já efetuou 15.586 atendimentos e tem registado uma maior proximidade com os cidadãos migrantes e maior colaboração com as empresas e os serviços públicos”, adiantou a autarquia.
“O seu funcionamento tem sido garantido através do consórcio público-privado constituído exclusivamente para o seu financiamento e todos os parceiros consideram que a continuidade desta resposta é uma mais-valia para os cidadãos migrantes e para as entidades que trabalham com estas comunidades”.
O consórcio público-privado junta a TAIPA, enquanto entidade promotora e executora do CLAIM e, na qualidade de entidades financiadoras, o município de Odemira, Lusomorango – Organização de Produtores de Pequenos Frutos SA, Multitempo – Empresa de Trabalho Temporário Lda, Sudoberry SA, Vitacress SA, The Summer Berry Company Portugal e ACMR – Empresa de Trabalho Temporário e Formação Unipessoal Lda.
Integram o consórcio na qualidade de entidades não financiadoras as Juntas de Freguesia de São Teotónio, Longueira/Almograve, Vila Nova de Milfontes e Boavista dos Pinheiros, a AHSA – Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur e a Casas Brancas – Associação de Turismo de Qualidade do Litoral Alentejano e Costa Vicentina.
A comparticipação do município de Odemira é de 99 mil euros e da Lusomorango de 28 mil euros, enquanto as restantes entidades assumem o montante global de 64 mil euros, distribuídos em partes iguais entre si.
Esta resposta local integra a Rede CLAIM, coordenada pelo Alto Comissariado para as Migrações. Os CLAIM são gabinetes que ajudam a responder às necessidades que se colocam aos cidadãos imigrantes na regularização da situação migratória, nacionalidade, reagrupamento familiar, habitação, trabalho, segurança social, retorno voluntário, saúde, educação, formação profissional, empreendedorismo ou apoio ao associativismo.