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Expansão de Complexo Petroquímico da Repsol em Sines avança no 1.º trimestre de 2023

Escrito por em 19 de Julho, 2022

O  do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, deverá arrancar no primeiro trimestre do próximo ano e estar concluído no início de 2025, prevendo-se o começo das suas operações em julho desse ano, foi hoje anunciado.

De acordo com o diretor-geral da Repsol Polímeros, Arsenio Salvador, a construção iniciar-se-á após a conclusão do processo de licenciamento e, em 2024, haverá ainda uma “paragem geral de todo o complexo”.

“Há duas datas mais importantes: uma em 2024, em que vamos fazer uma paragem geral de todo o complexo no segundo trimestre, e vamos fazer muitos trabalhos preparatórios, e, a data chave, será no terceiro trimestre, em julho, de 2025, em que as duas fábricas novas vão começar a produzir”, referiu o ainda responsável durante uma apresentação antes da assinatura de um contrato de expansão do complexo, na sede da Aicep Global Parques, em Lisboa.

A assinatura deste acordo foi presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que considerou que o investimento global de cerca de 760 milhões de euros é “muito significativo” em termos de qualidade e de quantidade.

“Estamos a falar de um investimento que terá como consequência o aumento de exportações em cerca de 400 milhões de euros, a diminuição de importações em outros 400 milhões e um valor acrescentado na ordem dos 200 milhões de euros”, referiu o governante à comunicação social, à margem da cerimónia.

Segundo o ministro, os documentos hoje assinados são “protocolos simples, como contratos em relação a terrenos”, mas há, também, “uma aposta no topo da gama de tecnologia em termos de transformação de plásticos”.

João Gomes Cravinho explicou que o protocolo hoje assinado “permite os compromissos finais” e “o final de um processo”, depois da assinatura, em dezembro, dos contratos de cedência de terrenos pelo então secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

O projeto Alba vai construir duas fábricas que vão utilizar o etileno e o propileno produzidos e que, comummente, são exportados.

As duas fábricas vão utilizar as tecnologias Univation Unipol PE e Spherizone, da LyondellBasell Industries, e esperam, assim, transformar o etileno em polietileno de alta densidade (usado em tubagens, embalagens de plástico para higiene ou produtos alimentares ou películas) ou em polietileno de baixa densidade (usado em espumas, cabos elétricos).

Com este aproveitamento, a Repsol Polímeros espera aumentar a sua produção para até 850.000 toneladas por ano, sendo que 310.000 toneladas deverão ser exportadas através do porto de Sines, 220.000 toneladas para Espanha, 220.000 toneladas para o resto da Europa e 100.000 toneladas deverão ser utilizadas em Portugal.

“Portugal vai ter duas fábricas de dois produtos que até hoje não tem. Os produtores de plástico precisam de importar os seus produtos”, uma vez que hoje não há produção local, explicou Arsenio Salvador, que referiu que o polipropileno e o polietileno de alta densidade representam 67% da procura de poliolefinas em Portugal.

De acordo com as previsões da Repsol, a procura destes polímeros em Portugal deverá ser satisfeita com a construção destas duas fábricas, podendo passar de um défice de 400 milhões de euros para a balança comercial portuguesa, para um ‘superavit’ (excedente) de 400 milhões de euros.

Arsenio Salvador, que vai ser substituído por Salvador Ruiz, considerou ainda que os plásticos não são o problema, mas sim uma parte da solução, sublinhando a sua presença em segmentos como a conservação de alimentos, os telemóveis, os automóveis ou na saúde.


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