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Expansão do Complexo Petroquímico da Repsol arranca “na primeira semana de março” de 2023

Escrito por em 17 de Outubro, 2022

O projeto de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, deverá arrancar “na primeira semana de março” do próximo ano, estando prevista a entrada em funcionamento “no final do segundo trimestre de 2025”, disse o coordenador geral do projeto Alba, da Repsol Polímeros, Davide Sousa.

“Estamos na fase final de engenharia e detalhe, já temos equipamentos em fase de compra, estamos a negociar os grandes equipamentos que têm prazos de construção, entre os 12 e os 18 meses, e são aqueles que representam o grande “bolo” em termos de investimento”, para “começar a construir no início de março de 2023”, avançou o coordenador geral do projeto Alba, da Repsol Polímeros, Davide Sousa.

De acordo com o responsável, que falava durante a 5.ª edição da Feira do Mar, em Sines, a empresa apresentou, na última quarta-feira, o Estudo de Impacto Ambiental, estando a aguardar a obtenção da Declaração de Impacto Ambiental (DIA).

“Temos esperança de que consigamos obter a DIA até ao mês de dezembro”, para “desenvolver os pedidos de licenciamento necessários, de modo a conseguir obter a licença de construção na última semana de fevereiro, de acordo com o calendário definido”, para iniciar as terraplanagens “na primeira semana de março” de 2023, adiantou.

Segundo o coordenador geral, as duas novas instalações estarão concluídas até ao final do 1.º trimestre de 2025, estando previsto “o arranque” no segundo trimestre desse ano.

As duas unidades de etileno e propileno vão contar “com uma zona de distribuição e logística comum”, adiantou.

“A nova plataforma logística que iremos construir é composta por 54 silos e, depois, teremos uma zona com 30 mil m2 para parquear produto ensacado e uma zona de 26 mil m2 para contentores”, referiu.

As duas fábricas vão utilizar as tecnologias Univation Unipol PE e Spherizone, da LyondellBasell Industries, e esperam, assim, transformar o etileno em polietileno de alta densidade (usado em tubagens, embalagens de plástico para higiene ou produtos alimentares ou películas) ou em polietileno de baixa densidade (usado em espumas, cabos elétricos).

Repsol quer apostar na ferrovia e abandonar dependência pela rodovia

Durante a sessão, que decorreu na passada sexta-feira, Davide Sousa, anunciou ainda que a Repsol “quer abandonar a dependência pela rodovia e apostar na ferrovia”.

“Estamos muito dependentes da rodovia, queremos abandonar essa dependência e queremos apostar na ferrovia”, revelou.

Para isso, o responsável indicou que a empresa vai “renovar a ferrovia interna e aumentá-la”, através de “protocolos estabelecidos com a Infraestruturas de Portugal (IP) para eletrificação da via férrea”.

“A IP irá fazer uma ligação que permite enviar diretamente do Complexo um a dois comboios/dia para o Porto de Sines, através do Terminal de Contentores, para exportação, e um [comboio] para um ‘hub’ que vamos criar em Espanha e a partir daí fazer a distribuição para a zona da Europa Central e de Leste”, concluiu.


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