Festival Músicas do Mundo (FMM) arranca hoje em Sines com 47 concertos para celebrar diversidade

O Festival Músicas do Mundo (FMM) arranca hoje no Castelo de Sines e em vários outros palcos da cidade do litoral alentejano que, por estes dias, muda a sua rotina para receber milhares de festivaleiros à procura de diversão e da música que celebra a diversidade.

Depois de três dias em Porto Covo, onde não faltou uma boa mão cheia de concertos para todos os gostos, o FMM muda-se para os palcos instalados no Castelo de Sines e da Praia Vasco da Gama, que recebem, esta quarta-feira, os portugueses José Manuel David (18:00) e Salvador Sobral (21:00), a brasileira Margareth Menezes, atual ministra da Cultura (22:15), os vietnamitas Saigon Soul Revival (23:30), os franceses Mezerg (00:45), os ganeses Florence Adooni & Band (02:15) e os argentinos La Delio Valdez (03:30).

Na quinta-feira, o festival arranca com Caamaño & Ameixeiras (Galiza/Espanha, 16:30), e prossegue com Mono (Brasil/Reino Unido, 18:00), Ile (Porto Rico, 21:00), Orchestre Tout Puissant Marcel Duchamp (Suíça, 22:15), Dam (Palestina, 23:30), Gyedu-blay Ambolley & His Sekondi Band (Gana, 00:45), Prétu – Xei di Kor (Portugal/Cabo Verde, 02:15) e Ferro Gaita (Cabo Verde, 03:30).

A música portuguesa volta a subir ao palco do FMM na sexta-feira com a banda Cara de Espelho (18:00), mas antes, às 16:30, atua Red (França) seguindo-se Mademoiselle (França/Argélia, 21:00), Fattú Djakité (Guiné-Bissau/Cabo Verde, 22:15), Mestizo (Reino Unido/Colômbia, 23:30), Groundation (EUA/Jamaica, 00:45), Ana Frango Elétrico (Brasil, 02:15), Komodrag & The Mounodor (França, 03:30) e Sofiane Saidi (Argélia, 05:00).

No último dia, o FMM abre com Haya Zaatry (Palestina, 16:30), seguindo-se JP Simões a cantar José Mário Branco (Portugal, 18:00), Mayra Andrade (Cabo Verde, 21:00), Eliades Ochoa (Cuba, 22:15), Adédèjì (Nigéria, 23:30), Son Rompe Pera (México, 00:45), Avalanche Kaito (Bélgica/Burkina Faso, 02:15), Moticoma (Moçambique, 03:30) e Rizan Said (Síria, 05:00).

Num balanço dos primeiros dias em Porto Covo, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, mostrou-se satisfeito com a adesão do público e falou na diversidade deste festival “que é diferente de todos os outros que acontecem no país” e perspetivou que os próximos dias serão também “muito calorosos e com muito público”.

“Temos a consciência que este é um festival diferente de todos os outros festivais que acontecem no nosso país, apesar de neste último fim de semana que coincidiu com Porto Covo, existir em Portugal mais de uma dezena de festivais, continuamos a ter os nossos espetadores festivaleiros que, ano após ano, continuam a vir a Sines porque é diferenciador, dá a conhecer música que se faz em todo o mundo e seguramente que não existirá em Portugal muitos festivais desta natureza”, afirmou.

Questionado sobre as melhorias introduzidas nesta edição, o autarca nomeou o acampamento ocasional instalado “numa zona com mais espaço e capacidade, transporte em permanência entre o campismo e a cidade” e a preocupação ambiental.

“Diria que [o acampamento ocasional] está um pouco mais afastado daquilo que foram as edições anteriores, mas são poucos quilómetros apenas”, notou o autarca, reconhecendo que apesar desta oferta, continuam a existir inúmeros acampamentos pela cidade.

“É normal até pelo próprio espírito do festival percebemos que as pessoas gostam de estar na zona histórica, mas isso não é impeditivo de termos um acampamento com casas de banho, duches, lavatórios, e todas as condições para ser um local de eleição para quem quer dormir ao ar livre”, reforçou.

A preocupação ambiental “com a introdução do copo reciclável” é outras das melhorias introduzidas no festival, frisou o autarca.

“Está a ter uma adesão superior aos anos anteriores, uma vez que com os dois eventos em simultâneo, as Tasquinhas e o FMM, é certamente uma preocupação”, afirmou.

No total, a 24.ª edição do FMM, organizado pela Câmara Municipal de Sines, conta com 43 concertos e artistas de 27 países, um programa de iniciativas paralelas para todos os públicos, incluindo crianças e famílias.