Governo compromete-se a corrigir “encargos e adversidades” criadas pelo setor agrícola no concelho de Odemira

O secretário de Estado da Agricultura, João Moura, considerou que o desenvolvimento do setor agrícola no concelho de Odemira, nomeadamente da produção de pequenos frutos, levanta “algumas questões, encargos e adversidades que são necessárias corrigir” pelo poder local e central.

“Esta face da moeda traz consigo algumas questões, alguns encargos, algumas adversidades que são necessárias corrigir da parte do município [de Odemira], da junta de freguesia [de São Teotónio] mas principalmente do Governo”, defendeu o governante que falava, esta sexta-feira, na sessão de inauguração da Faceco – Feira das Atividades Económicas do Concelho de Odemira.

De acordo com João Moura, que aplaudiu o sucesso do setor agrícola neste concelho, o atual Governo está atento aos problemas relacionados com a falta de água para a agricultura e para consumo humano neste território.

“Quero aqui dizer ao presidente da Câmara de Odemira que o Pacto da Água que foi celebrado no concelho de Odemira, não será a água que nos vai desunir, antes pelo contrário. Pessoalmente darei o meu empenho para que todas as matérias que estejam a criar algumas adversidades para que este projeto, nomeadamente a Estação Elevatória, seja uma conclusão, tratarei disso com o meu envolvimento pessoal e, se assim não for, de alguns dirigentes que se recusem a fazê-lo, comprometi-me com a presidente da assembleia municipal a vir a Odemira para explicar esta situação”, comprometeu-se.

No que respeita ao fenómeno da imigração, João Moura considerou que este não pode ser um encargo “único e exclusivo” do poder local, uma vez que se trata de “um fenómeno determinante para o território nacional”.

“O concelho de Odemira enfrentou nos últimos anos um fenómeno diferente do habitual, invertendo a tendência da regressão demográfica, mas isto tem impactos, e foi a pensar nestes impactos que o Governo decidiu regular a imigração em Portugal. E esta regulação tem a noção clara de que é importante receber imigrantes em Portugal, mas não é demais lembrar que é importante receber quem quer vir por bem, é importante receber quem quer vir resolver parte daqueles que também são parte dos nossos problemas relativamente à classe operária e não uma imigração completamente desregulada, que chega a Portugal sem condições e com habitações [com inúmeras pessoas] dentro da mesma casa e são estas situações particulares que temos de estar disponíveis para resolver”, afirmou.

A Faceco prossegue, este sábado, com um programa repleto de atividades, no Parque de Feiras e Exposições de São Teotónio, dedicadas à pecuária, artesanato, gastronomia, música, convívio.

Este sábado, o palco principal da feira recebe a atuação de Luís Trigacheiro e, no domingo, Iris (21 julho).