IC33 vai ter perfil de autoestrada até 2026 num financiamento PRR
Escrito por Helga Nobre em 10 de Dezembro, 2022
O Itinerário Complementar (IC) 33, que liga a autoestrada do Sul (A2) a Santiago do Cacém (Relvas Verdes), vai passar a ter perfil de autoestrada, passando das atuais duas para quatro faixas, revelou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.
Numa reunião com a delegação da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) garantiu que a obra, cujo valor não foi avançado, será financiada na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e terá que ficar concluída durante o primeiro semestre de 2026.
De acordo com a CIMAL, em comunicado, durante o encontro, que decorreu na sexta-feira, o governante precisou, que a obra decorrerá em duas fases.
“A primeira, entre as Relvas Verdes e o Roncão, vai a concurso nos primeiros seis meses de 2023, e a segunda, entre Roncão e a rotunda de Grândola Norte, terá o seu processo iniciado entre seis e oito meses depois já, que entre outros aspetos, ainda não foi realizado o respetivo estudo de impacto ambiental”, indicou.
Também a reparação do troço do Itinerário Complementar (IC) 1, entre Alcácer do Sal e Palma, foi discutido no encontro com o ministro a deixar o compromisso de “dar indicações” à empresa Infraestruturas de Portugal (IP) “para que as obras sejam efetuadas com a maior brevidade”.
O presidente da CIMAL, Vítor Proença, realçou que o mau estado daquele troço da via – os restantes entre Setúbal e Grândola já foram requalificados – e exigiu a sua rápida reparação, atendendo aos enormes riscos de segurança que constituiu para o muito tráfego automóvel que circula naquela estrada, que liga a região de Lisboa ao Alentejo Litoral e ao Algarve e é muito utilizada por veículos pesados de mercadorias.
“Ainda no respeitante a rodovias, a delegação da CIMAL levantou a questão da Estrada Nacional (EN) 253, entre Alcácer do Sal e a Comporta, que, pelo facto de não ter bermas, constitui um enorme perigo para os muitos veículos que a utilizam, traduzido num elevado número de acidentes, o governante “ficou de estudar uma solução com a IP”, lê-se no comunicado.
Os presidentes dos cinco municípios defenderam ainda, no plano rodoviário, a construção de uma via com perfil de autoestrada entre Sines e Odemira, projeto a iniciar num horizonte temporal de oito anos.
Os autarcas defenderam ainda a urgência do restabelecimento das ligações interurbanas entre Alcácer do Sal, Grândola, Ermidas-Sado – com ligação ao Ramal de Sines com paragem em Santiago do Cacém – e às restantes estações e apeadeiros da Linha do Sul ao longo do percurso entre Alcácer do Sal e o limite sul do concelho de Odemira, mas “não obtiveram qualquer garantia da parte do ministro”.
Mostraram igualmente o seu “desacordo por no novo Plano Ferroviário Nacional não estar prevista a passagem de comboios de alta velocidade na Linha do Sul, que atravessa o Alentejo Litoral, ao contrário do que sucede atualmente, antes fazendo-se a ligação ao Algarve apenas pelo interior do Alentejo, através de Évora e Beja”.
A comitiva que solicitou a reunião ao Ministro das Infraestruturas e Habitação foi constituída pelo presidente da CIMAL e do Município de Alcácer do Sal, Vítor Proença, pela presidente da Assembleia Intermunicipal da CIMAL, Ana Maria Aleixo, e pelos presidentes das câmaras de Grândola, António Figueira Mendes, de Odemira, Hélder Guerreiro, de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, e de Sines, Nuno Mascarenhas.