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Nova comunidade Sines Tech ambiciona mais cabos submarinos e mega centros de dados

Escrito por em 15 de Dezembro, 2021

A Câmara de Sines, a aicep Global Parques, a EllaLink e um conjunto de entidades ligadas às tecnologias de informação e comunicação assinaram hoje um protocolo de cooperação com vista à criação da comunidade Sines Tech–Innovation & Data Center Hub.

O protocolo de cooperação para a criação da comunidade foi assinado, esta quarta-feira, numa cerimónia que se realizou no Centro de Negócios da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), com a Fast Fiber, IP Telecom, Rentelecom, StartCampus, Sines Tecnopolo e a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

O novo cluster tem como objetivo “contruir em Sines a infraestrutura que depois vai habilitar o país a fazer a transição digital”, avançou o CEO da aicep Global Parques, Filipe Costa.

“O processo começou em 2019 com a Câmara de Sines e a EllaLink”, com o “investimento da estação de amarração de cabos” e “a amarração do cabo submarino Europa-Brasil”, que é “um cabo estratégico para a União Europeia”, explicou o responsável da entidade gestora da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).

De acordo com Filipe Costa, o ‘Sines Tech’, localizado na ZILS, tem a ambição não só de “atrair a amarração de cabos submarinos de telecomunicações intercontinentais”, como “fixar grandes Data Centers” neste território.

“Queremos a amarração de mais cabos submarinos que nos liguem ao Mediterrâneo, ao Norte da Europa, ao Hemisfério Americano e queremos, ao lado disso, começar a construir projetos de Data Centers”, sublinhou.

Como é o caso do projeto Start Campus, um investimento de cerca de 3,5 mil milhões de euros, que se junta agora à comunidade ‘Sines Tech’, e de outros parceiros “a pensar na conetividade ao hinterland” e numa “componente académica e cientifica”, indicou.

Estes projetos “vão verdadeiramente transformar a economia digital em Portugal, porque passamos a ter a infraestrutura que possibilita fazer essa transição digital”, com ferramentas capazes de transformar Portugal “num hub de conectividade entre a Europa e o mundo”, permitindo o crescimento da economia digital do país.

“Queremos que os dados sejam processados em Portugal e que a economia digital comece a acrescentar valor em Portugal”, reforçou Filipe Costa, reconhecendo “o desafio de atrair para Sines a infraestrutura da economia digital” com “valor acrescentado para Sines e para o Alentejo”.

Com esta aposta, Portugal deixa “de ser periférico, em termos de telecomunicações, com a passagem das grandes vias intercontinentais”, e o seu usufruto, e garantir que “a nossa economia digital também cresça em cima dessa grande infraestrutura tecnológica”.

Para o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, a importância deste novo cluster económico “é enorme”, uma vez que se trata de uma área “absolutamente essencial” para “garantir o futuro de Sines”, não só do ponto de vista económico, como social.

“Este novo cluster, com estas empresas, permitirá no futuro atrair para Sines técnicos qualificados que serão importantes para dar resposta” às empresas e “para o crescimento da população” neste território.

O autarca considerou ainda que a consolidação de um cluster tecnológico cria desafios ao poder local, sendo necessário reforçar a formação, aumentar a oferta de habitação, “mais diversificada e com preços acessíveis”, e apostar “na melhoria das acessibilidades”.

Até ao final de 2023, a aicep Global Parques, espera “ter mais cabos amarrados” ou “serem publicas decisões de amarração de cabos [submarinos] em Sines” com ligação ao norte e sul da Europa e ao continente norte-americano.


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