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Porto de Sines “‘é a nossa Joia da Coroa”, diz secretário de Estado da Internacionalização

Escrito por em 1 de Fevereiro, 2019

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias referiu-se ontem ao porto de Sines como a ‘Joia da Coroa’ do país e “um referencial”, no mundo inteiro, para a carga contentorizada e gás natural liquefeito.

O governante falava aos jornalistas no final de uma visita ao complexo industrial de Sines, que incluiu as empresas Repsol Polímeros, Indorama, porto de Sines e a Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS). R

Mostrando-se otimista em relação ao futuro do porto de Sines, Eurico Brilhante Dias recordou que esta infraestrutura portuária passou “em pouco mais de dez anos” de uma movimentação de “100 mil TEU’S” para “o porto que mais cresce em carga na Europa” e defendeu que o porto alentejano pode evoluir para um outro modelo de negócios.

“Setúbal é o primeiro porto automóvel do país, Sines, não tem tido essas valências por ser um porto mais energético e com dimensão de contentores mas isso não significa que o modelo de negócios não possa evoluir e ter também mais tarde automóveis em alternativa ao porto de Setúbal”, defendeu.

Do roteiro da visita fez também parte a empresa Indorama Ventures, que adquiriu a antiga fábrica da Artlant, em Sines, num investimento de 150 milhões de euros. Reconhecendo tratar-se de “um projeto difícil”, o governante adiantou que a empresa, localizada na Zona Industrial e Logística de Sines, vai atingir ainda este ano “a capacidade instalada”.

“Aquele projeto foi pensado para contribuir com 550 milhões de euros de exportações e ele vai poder atingir quase esse valor em 2019”, garantiu Eurico Brilhante Dias.

Durante a visita, o governante teve ainda oportunidade de se inteirar sobre o projeto para a instalação da primeira Plataforma Logística, na Zona 2, da ZILS, em Sines, que considera ser “bastante importante”.

“Vamos poder ter um primeiro projeto logístico onde somamos contentores a alguma consolidação e desconsolidação de cargas, ou seja, estamos a subir na cadeia de valor e a ficar mais perto do serviço logístico com alguma intensidade de mão de obra”, afirmou.

Num balanço final da deslocação ao complexo industrial de Sines, o governante adiantou que foram levantadas algumas questões relacionadas com “constrangimentos” ao desenvolvimento do ‘projeto Sines’, nomeadamente nas áreas das infraestruturas ferroviárias e do abastecimento de energia elétrica. R

“A questão ferroviária é uma velha ambição em particular para o terminal XXI, com a sua expansão, e o terminal Vasco da Gama, que vão precisar de transporte ferroviário com comboios mais longos para aumentar a sua produtividade”, realçou.

No final de uma visita à REN Atlântico, no porto de Sines, o governante referiu-se ainda a “outros projetos que estão em cima da mesa” para a área portuária e para a ZILS que vão precisar “de mais investimentos no setor energético”, comprometendo-se em encontrar soluções.

“Não é apenas uma questão de qualidade é também uma questão de potência e, portanto, penso que é um trabalho que temos de continuar a desenvolver, em particular, com o secretário de Estado da Energia e com outras entidades”, garantiu.

A ZILS é a maior área de localização para unidades industriais e logísticas da Península Ibérica, dispondo de mais de 2000 hectares (de áreas) vocacionados para atividades industriais, logísticas e de serviços.

O Porto de Sines é o 15º maior porto de contentores europeu e movimenta mais de 50% da carga marítima em Portugal.


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