Presidenciais: 26 pessoas do concelho de Santiago do Cacém vão votar hoje sem sairem de casa
Escrito por Helga Nobre em 19 de Janeiro, 2021
Um total de 26 eleitores, utentes de lares e pessoas em isolamento do concelho de Santiago do Cacém, que pediram o voto antecipado para as eleições presidenciais, vão poder votar a partir de hoje sem sairem de casa.
Os votos começaram a ser recolhidos hoje, num processo a cargo da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, que constituiu duas equipas para o efeito, embora o número reduzido de inscrições tenha feito com que apenas uma equipa fosse para o terreno, explicou Álvaro Beijinha à rádio M24 .
“Estão inscritas 26 pessoas, um número que ficou aquém daquilo que nós esperávamos, até porque tínhamos duas equipas no terreno preparadas e não foi necessário, bastou apenas uma equipa. Da informação que tenho, dessas 26 pessoas, 20 são idosos de lares e apenas seis, de pessoas que estão em isolamento”, explicou.
Segundo o autarca, o número reduzido pode ser explicado pelas “dificuldades que os lares encontraram no processo de inscrição dos residentes na plataforma que está disponível para o voto antecipado”.
A equipa, composta por funcionários municipais, “designada pelo presidente da câmara”, tem ” estado desde o início no processo eleitoral” com todos os cuidados e tendo em conta “as indicações das autoridades de saúde, nomeadamente, os equipamentos de proteção individual, higienização total e o álcool-gel”.
“Além disso, os delegados de cada candidato também podem acompanhar esta equipa”, acrescentou o autarca que estima que o processo esteja concluído esta terça-feira.
O trabalho de recolher o boletim destes eleitores vai ser feito, porta a porta, por equipas montadas pelas autarquias, devidamente equipadas e com regras sanitárias estritas.
A inscrição para o voto antecipado, sobretudo dos doentes com covid-19, motivou várias reclamações à Comissão Nacional das Eleições, de eleitores que se queixavam de informações incompletas sobre os prazos.
Só podiam fazer o pedido para o voto antecipado em confinamento os eleitores a quem tivesse sido decretado confinamento pelas autoridades de saúde pública até quinta-feira, 14 de janeiro, dez dias antes das presidenciais.
É o que estipula a lei aprovada em outubro, no parlamento, que regula o direito de voto antecipado para os eleitores que estejam em confinamento obrigatório, devido à pandemia da doença covid-19, em atos eleitorais e referendários em 2021.
O que quer dizer que quem foi confinado a partir de sexta-feira, seja por estar doente seja por isolamento profilático (devido a um contacto com uma pessoa infetada), já não pode pedir para votar antecipadamente.
As eleições presidenciais estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral começou em 10 de janeiro e decorre até sexta-feira, com o país a viver sob medidas restritivas devido à pandemia. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).