Proteção civil regista 16 ocorrências devido ao mau tempo no litoral alentejano (C/áudio)

O Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral registou um total de 16 ocorrências nas últimas horas relacionadas com o mau tempo, a maioria quedas de árvores, que não causaram vítimas nem danos materiais.

Em declarações à rádio M24, o comandante Tiago Bugio, da proteção civil do Alentejo Litoral, adiantou que foram registadas algumas ocorrências nos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Odemira.

“Não há nenhuma vítima a registar face às ocorrências que temos tido. [Nas últimas horas] já tivemos três [ocorrências] no concelho de Alcácer do Sal, cinco no concelho de Odemira, duas no concelho de Santiago do Cacém, incluindo um movimento de massas que mobilizou um veículo com cinco operacionais”, explicou.

Ao nível de estruturas “não houve qualquer registo de danos”, à exceção de um alerta, cerca das 10:30, numa habitação, no concelho de Grândola, que “apresentava algumas fissuras” com “queda de pequenos blocos da fachada”, precisou o responsável, acrescentando que houve um registo de 16 ocorrências na região do litoral alentejano.

Todos os distritos de Portugal continental estão desde as 06:00 de hoje sob aviso laranja devido à chuva, vento e agitação marítima fortes.

De acordo com o responsável, no final de um breafing no Centro de Coordenação Operacional da Sub-Região do Alentejo Litoral, com a GNR, Bombeiros e Serviços Municipais de Proteção Civil, nas próximas horas o vento “irá agudizar-se” e a “precipitação será mais intensa”.

“O pior ainda está para vir, mas todos os meios estão mobilizados e coordenados para responder a qualquer ocorrência. Nas próximas horas, segundo o IPMA, irá agudizar-se não só o vento, mas também a precipitação será mais intensa, entre as 12:00 e as 14:00, com rajadas de vento entre os 100 e os 110 km/hora”, acrescentou.

Face às previsões para as próximas horas do até ao final do dia de hoje, Tiago Bugio deixa alguns conselhos e recomendações.

“Aqueles que puderem ficar em casa neste período da tarde que se mantenham, efetuem apenas as deslocações estritamente necessárias e quando encontrarem algum lençol de água e percebam que não têm condições para passar evitem esses locais, tenham uma condução mais adequada a esta meteorologia, ou seja a máxima prudência neste período”, alertou.

O IPMA prevê para hoje, com a passagem da depressão ALINE, vento de sudoeste, tornando-se gradualmente forte nas regiões Centro e Sul a partir do início da manhã, com rajadas que poderão atingir os 110 quilómetros por hora (km/h), em especial no litoral a sul do Cabo Mondego e incluindo a costa sul do Algarve, e nas serras destas regiões.