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Sindicato preocupado com trabalhadores em ‘layoff’ na fábrica de Sines da Indorama

Escrito por em 14 de Junho, 2024

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul) alertou para a situação dos trabalhadores da fábrica de Sines da Indorama Ventures que renovou o ‘layoff’ por mais seis meses.

 

“O sindicato está preocupado essencialmente com a situação dos trabalhadores da Indorama, porque há mais de seis meses que vivem com metade do seu salário e todos os problemas que isso acarreta”, disse Hélder Guerreiro, do SITE-Sul.

De acordo com o dirigente sindical, tal como inicialmente previsto, em março, a administração da Indorama decidiu “prolongar o ‘layoff’ por mais seis meses” nesta fábrica ligada à área petroquímica, ou seja, até outubro deste ano.

O ‘layoff’ na fábrica de Sines da multinacional tailandesa Indorama Ventures arrancou no início de outubro de 2023, durante seis meses renovável por igual período, com o pagamento de 66% do salário atual dos trabalhadores.

“Ainda existem trabalhadores em ‘layoff’, mas outros perceberam a situação difícil em que se encontravam e procuraram outras soluções dentro e fora da região”, revelou o sindicalista.

Atualmente, apenas “metade dos cerca de 130 trabalhadores” abrangidos pelo ‘layoff’ mantêm-se nesta situação.

Segundo o SITE-Sul, que esteve reunido com a administração da fábrica de Sines, os responsáveis não adiantaram “o que vai acontecer em outubro, quando terminar o período de ‘layoff’”.

Na reunião, indicou o dirigente, “o sindicato chamou a atenção dos responsáveis para a situação difícil que os trabalhadores estão a viver” e reiterou que a empresa “deve continuar a laborar em Portugal e não ser, eventualmente, deslocalizada para o sudoeste asiático”.

“O nosso objetivo é que esta fábrica continue a laborar e a produzir riqueza na região e no país, mantendo os postos de trabalho e regularizando a situação com os trabalhadores”, vincou.

A empresa tailandesa Indorama Ventures adquiriu, em novembro de 2017, a antiga fábrica da Artlant, unidade industrial ligada à área petroquímica instalada no complexo industrial de Sines, num investimento de 28 milhões de euros.

A Artlant, que tinha a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como principal credora, foi declarada insolvente pelo Tribunal de Lisboa em julho de 2017, dois anos após entrar em Processo Especial de Revitalização (PER).

A unidade fabril de Sines é produtora de ácido tereftálico purificado, a matéria-prima utilizada para a produção de politereftalato de etileno (PET), componente base no fabrico de embalagens de plástico para uso alimentar (como garrafas para bebidas), e tem uma capacidade produtiva de 700 mil toneladas por ano.


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