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Susana Pádua lamenta retirada de confiança política e nega acusações do PS

Escrito por em 30 de Agosto, 2024

A vereadora socialista, Susana Pádua já lamentou a retirada de confiança política anunciada hoje pela Concelhia do PS de Santiago do Cacém e refutou as acusações de tentativa de “denegrir” outros militantes socialistas.

“As acusações não têm qualquer fundamento e são feitas em abstrato, pelo que não me posso defender, mas devo dizer que nunca difamei ninguém ao longo da minha vida e também não o fiz com ninguém da concelhia do PS”, afirmou.

Em declarações à rádio M24, a autarca referiu que “por várias vezes pediu as atas das comissões políticas anteriores”, por lhe constar que, nessas reuniões, “era dito que tecia comentários que não eram oportunos”, mas as atas nunca foram entregues.

“Pedi por várias vezes e nunca me deram as atas, não sei se existem ou não, mas não existe nada em concreto e, como tal, não sei o que é que denegri e difamei”, argumentou.

Susana Pádua disse ainda que “não existe alinhamento político” com a comissão política concelhia do PS porque esta nunca a convocou “para qualquer tipo de reunião” com a estrutura partidária.

“Nunca recebi qualquer tipo de orientação política e, como tal, faço o meu trabalho com honestidade, com rigor e com lealdade às funções para a qual fui eleita, mas nunca incumpri em nada que tivesse sido dado como orientação do PS, isso nunca existiu”, frisou.

Sobre o voto favorável do Orçamento e das Grande Opções do Plano de 2024, a vereadora socialista explicou que a concelhia do PS de Santiago do Cacém “não cumpriu com a sua obrigação de estar presente na reunião para exercer o seu direito de oposição”.

“Ora, quando os vereadores socialistas foram ver se as propostas do partido estavam ou não contempladas no orçamento, verificaram que, nas palavras do presidente [da Câmara],  a concelhia do PS falhou um direito que tem”, argumentou.

Por essa razão e, “não tendo os vereadores como verificar se as propostas tinham sido aceites e, sem orientação, apresentámos um conjunto de propostas”, tendo “o presidente demonstrado abertura” para as incorporar no documento.

“Mediante esse aspeto decidimos votar favoravelmente por isso não percebo o alarido à volta desta situação quando quem não cumpriu foi a concelhia de Santiago do Cacém [do PS] quando não foi à reunião para a qual foi convocada”, enfatizou a autarca que diz que vai cumprir o mandato na Câmara de Santiago do Cacém até ao fim.

A concelhia do PS de Santiago do Cacém anunciou hoje que decidiu retirar a confiança política à vereadora socialista, Susana Pádua, acusando-a de falta de diálogo e de aprovar o Orçamento da maioria comunista, mas a autarca já refutou as acusações.

Em comunicado, a Comissão Política concelhia do PS de Santiago do Cacém, indicou que “todas as posições e votações assumidas pela vereadora não mais representam ou vinculam” esta estrutura partidária, desde quinta-feira.

“Desde que assumimos a presidência desta Comissão Política, temos procurado promover melhores e necessárias relações institucionais, para concertação da nossa ação politica e jamais encontrámos, na vereadora, qualquer disponibilidade para colaborar ou dialogar, bem pelo contrário”, argumentou.

No documento, a concelhia socialista acusou a autarca de votar “favoravelmente o Orçamento e as Grandes Opções do Plano [GOP] do PCP/CDU, sem auscultar as estruturas partidárias que representam o PS no concelho de Santiago do Cacém”.

“Nunca compareceu em nenhuma das iniciativas por nós promovidas e prejudicou deliberadamente a capacidade de ação desta Comissão Política, através das suas posições na autarquia”, sublinhou.

Segundo o PS, a vereadora “procurou denegrir internamente camaradas que exercem funções de liderança nas estruturas concelhias, numa espiral incontrolável de promoção da conflitualidade interna”.

“Salientamos, ainda, que se tem consolidado a ideia de que a vereadora do PS, Susana Pádua, tem mais interesse e disponibilidade em apoiar as iniciativas e ideias do Partido Comunista, inclusive através do referido voto favorável ao Orçamento e as Grandes Opções do Plano, do que em exercer oposição de forma alinhada com as estruturas do Partido Socialista”, lê-se no comunicado.

Os vereadores Susana Pádua e Artur Ceia foram eleitos pelo PS nas eleições autárquicas de 2021, tendo Artur Ceia renunciado ao mandato, em junho deste ano, invocando motivos pessoais, mas também políticos devido a “divergências” com a concelhia.

No comunicado, a concelhia frisou que “esta foi uma decisão tomada de forma ponderada e refletida” com o objetivo de “encerrar o ciclo de degradação da imagem do PS perante a opinião pública, e recuperar a confiança destes e de outros eleitores”.

Este novo ciclo, criará “condições” para a realização de “um melhor trabalho em prol da população que anseia e merece uma oposição forte e uma alternativa credível que conduza o concelho a um superior patamar de desenvolvimento”, indicou.

A Câmara de Santiago do Cacém é presidida por Álvaro Beijinha (CDU) e o executivo camarário é composto por quatro eleitos da CDU, dois do PS e um da coligação PSD/CDS-PP/PPM.

 


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