Terminal de Sines assegurou 100% do abastecimento de gás natural em Portugal em fevereiro
Escrito por Helga Nobre em 4 de Março, 2022
No segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, registou-se, tal como vem acontecendo nos últimos meses, “uma forte contração homóloga” de 23%, acrescenta a REN em comunicado.
No acumulado dos primeiros dois meses do ano, o consumo anual de gás natural registou uma variação de 5,7%, com um crescimento de 123% no segmento de produção de energia elétrica e uma contração de 26% no segmento convencional.
Quanto ao consumo de energia elétrica, apresentou em fevereiro um crescimento homólogo de 3,1%, que se reduz para 1,6% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. A evolução anual registou uma variação negativa de 2,3% ou de menos 0,1% com correção da temperatura e dias úteis.
De acordo com a REN, em fevereiro “acentuaram-se as condições meteorológicas particularmente negativas para as energias renováveis”.
Assim, o índice de produtibilidade hidroelétrica ficou reduzido a 0,14 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica a 0,71 (média histórica igual a 1), com as condições verificadas a favorecerem apenas a produção fotovoltaica, com um índice de 1,13 (média histórica igual a 1), mas com “uma expressão ainda muito inferior às outras tecnologias”.
Em fevereiro, a produção fotovoltaica atingiu, pela primeira vez, potências superiores a 1.000 MW (Megawatts).
A produção renovável, por seu turno, abasteceu apenas 37% do consumo, enquanto a não renovável assegurou 30% e os restantes 33% foram abastecidos com recurso a energia importada.
Relativamente à importação, registou “a percentagem mais elevada desde agosto de 1985”, nota a REN.
No acumulado de janeiro e fevereiro, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,25 (média histórica igual a 1), o de produtibilidade eólica em 0,83 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade solar em 1,25 (média histórica igual a 1).
Nestes dois meses, a produção renovável abasteceu 45% do consumo, repartida pela eólica com 25%, hidroelétrica com 11%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 3,6%.
A produção a gás natural abasteceu 31% do consumo, tendo os restantes 24% correspondido ao saldo importador.